Quando uma estrelinha se sente perdida no seu caminho…o que fazer?
Quando uma estrela se sente perdida, é sempre um bocadinho de vida difícil (para a estrela, claro). Quando uma estrela se sente perdida na noite, que é a sua casa, a sua dor e a sua solidão são muito fortes. É suposto a estrela iluminar o caminho dos outros e saber sempre para onde ir. Ter a resposta para tudo e as certezas na ponta dos seus raios. Quando uma estrelinha vê a sua vidinha virada do avesso é sempre mais difícil de endireitar do que seria se não fosse uma estrelinha. É que quanto mais luz própria se tem, maiores são as dores quando não se sabe para que lado brilhar.
Uma estrela brilhante normalmente rasga o seu caminho a toque de raio de luz, com a certeza da rota. Constrói a sua própria constelação no pedaço de céu que conquistou com o poder do seu brilho. E lá permanece a brilhar, a influenciar astrológicamente a vidinha dos que nasceram sob a graça da sua constelação e a vida corre, com a segurança de que se está a fazer o que se deve.
Mas a certeza de que se faz o que se deve é uma coisa muito traiçoeira. O que é que verdadeiramente uma estrelinha deve fazer? Quem é que escreveu a lista dos deveres? Quem é que as impõe? Se pensarmos sobre estas coisas, as certezas não são assim tão certas. Nem as verdades tão inabaláveis. Nem as rotas tão seguras. Se se pensar que uma estrela se pode extinguir de um momento para o outro, num instante cósmico, reduzem-se as certezas todas a uma partícula ínfima que, afinal, não interessa para nada. O que interessa é a luz, o brilho, o quanto uma estrelinha é capaz de se iluminar a si própria. De que serve dar luz aos outros se não se é capaz de se iluminar a si própria? Por dentro e por fora? Estrelinha que é estrelinha tem que em primeiro lugar iluminar o seu coração e os lugares mais escondidinhos da sua alma. Tem que se conhecer bem. Saber o que lá há por dentro. O que a deixa feliz. O que a faz tão triste. O que a deixa mais brilhante e o que a torna baça. O que a deixa a meia-luz. E, principalmente, deverá descobrir o que a deixa esplendorosa, a explodir de luminosidade. E sempre que uma estrelinha se descobre a si própria, descobre o seu caminho. Mesmo que ainda não saiba que rota seguir. É que quando se está preparado para ir em frente, sem medo e de acordo com o seu núcleo (as estrelas têm núcleo em vez de coração, não é?), os caminhos aparecem e as rotas abrem-se. Os milagres acontecem também para as estrelas.
As estrelinhas do céu são as preferidas do Senhor do Universo. São as que já trazem mais luz e mais amor. Quando uma das suas estrelinhas está fora do caminho que Ele acha que será o melhor, lá abana a constelação inteira, os raios de luz saem do sítio e no bocadinho de céu onde se brilhava nasce um espinheiro selvagem que obriga a desviar a trajetória. Apesar de parecer que o manto da noite sai debaixo dos raios de luz da estrelinha dourada, e que se fica sem chão, melhor, sem céu, sem nada, há sempre um propósito para tudo. E o propósito do Senhor do Universo é que as suas estrelinhas prediletas sejam muito felizes e que se deixem de certezas e de controlar sempre o seu campo de manobra. As estrelinhas sofrem que se fartam mas esse sofrimento não é gratuito. O sofrimento nunca é gratuito. Tem sempre um valor qualquer. Neste caso, serve para que as estrelinhas douradas se encontrem. Para que descubram o verdadeiro valor da vida e o que significa ser estrela, na essência. As estrelinhas precisam descobrir que a luz e a alegria são parceiras inseparáveis. Que a felicidade é a rota a seguir, de forma serena e cuidada. Sem impulsividade mas com fluidez. Com entrega e com confiança. Com a noção clara de que tudo o que acontece, acontece para o bem supremo da estrela. Mesmo que não se entenda. Mesmo que não se veja. E quando se entrega o nosso destino e o nosso brilho nas mãos do Senhor do Universo, a paz reina. Até para uma estrela dourada, a paz no seu núcleo é o bem mais precioso que pode existir!
Vc é uma estrela nova e como tal não tem a necessidade nem a dimensão de se preocupar qual caminho iluminar…Como futuro sol (que é!) , irradia, difunde, emana luz para todos os caminhos, direcções e recantos de modo natural, continuo, gratuito e certo. Por isso o sol é o centro da Galáxia!
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