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Mensagens

A mostrar mensagens de 2023

Uma orquídea rara, uma jardineira e duas extraterrestres!

Hoje apetece-me escrever sobre a mais bonita forma de amor que existe: a amizade. Já escrevi inúmeras vezes sobre o assunto, mas a fonte é inesgotável. Cada amizade que partilhamos é única. Cada uma reveste-se de uma identidade própria. Cada amizade que nutrimos é diferente da outra. E isso é a beleza da coisa. Tive a sorte de há pouco tempo recuperar uma amizade muito bonita e importante. Daquelas em bom. E é das melhores porque sobreviveu aos desvios da vida. Por vezes o caminho prega-nos partidas que nos desviam do que verdadeiramente interessa. Neste caso em particular, com uma das flores do meu jardim, uma orquídea rara, houve, por assim dizer, uma hibernação do sentimento recíproco. Mas como tudo o que é forte e autêntico tem a mania de dar a volta por cima, aqui estamos de novo, com uma amizade fortíssima.  As orquídeas raras, sendo assim tão raras, apesar da sua elegância e imponência, têm um coração de manteiga e uma sensibilidade extrema. Possuem uma aparência esfíngica, mas

Era uma vez um Girassol

Hoje apetece-me escrever sobre uma pessoa em particular. Uma pessoa que eu muito estimo e que se revelou uma belíssima surpresa. Por vezes, conhecemos alguém num determinado contexto, convivemos com ela anos a fio e, tendo em conta esse mesmo contexto, não a conhecemos verdadeiramente. Conhecemos parcialmente, conforme se deixa conhecer e conforme estamos disponíveis para a olhar com olhos de ver. Quando se carregam defesas e muitos filtros, num determinado contexto, passam-nos ao lado, pessoas magníficas. No meu conceito, uma pessoa magnífica não quer dizer a maior dos bonecos da minha bola. Nem a mais isto ou mais aquilo. Uma pessoa magnífica é aquela que se vai descobrindo, devagarinho e, quanto mais se conhece, mais se gosta. Quando, juntando o lado solar (o das coisas boas) e o lado lunar (os das coisas próprias de se ser humano), a balança fica muito descaída para o lado bom. E sou muito grata por esta descoberta. Quando passamos a conhecer alguém que tem uma alma maior e melhor

Dia de S. Valentim, do caos à ordem

Hoje é dia de São Valentim. Celebra-se o amor romântico, entre duas pessoas. Apesar da lenda associada ao Santo, que não vem agora ao caso, apetece-me escrever umas palavras sobre o tema. Vamos fazer de conta que é o dia em que se celebra o amor, tal como no Natal se celebra a família. Nunca há apenas um lado A sobre o assunto. Também existe um lado B. É uma graça para quem tem família amorosa, no caso do Natal, e para quem tem um amor, no dia de São Valentim. Quem não tem uma das situações (ou as duas), sofre a dobrar. Porque é suposto estar-se feliz e animado, porque são os dias em que se decreta que se deve celebrar qualquer coisa. Eu tenho uma relação de amor-ódio com as celebrações por decreto. Ainda não decidi se devem ou não existir. Por um lado, penso que é bom que existam para que, pelo menos uma vez no ano, se pense nas coisas como deve de ser. Que se valorize o que efetivamente é importante na nossa vida. Os sentimentos e os “seres” em vez dos “teres” e “haveres”. Por outro

O Acaso é de propósito

Hoje apetece-me escrever sobre o propósito. Principalmente sobre o propósito do encontro entre as pessoas. Desde há muito tempo que tenho a plena consciência de que nada acontece por acaso. Como alguém disse, e parafraseando,   “o acaso acontece quando Deus quer utilizar um pseudónimo para escrever o destino”. Isto é, o acaso não existe e as coincidências também não. Acontecem “Deuscidências”. Tudo nos é colocado na vida com um propósito. O propósito pode ser maior ou menor, mais simples ou mais complexo, mais ou menos duradouro, mas é sempre um propósito (ou mais). Quando duas pessoas se encontram, tendencialmente, esse encontro têm um propósito para ambas as pessoas. À medida do que elas necessitam para aprender e evoluir. Os encontros também se podem dar porque são almas companheiras e combinaram, antes de vir a este mundo, que se encontrariam para se ajudarem mutuamente no caminho da vida, amparando-se nos processos que cada uma tem de fazer. Mesmo assim, existem sempre aprendizage