Hoje apetece-me escrever sobre a mais bonita forma de amor que existe: a amizade. Já escrevi inúmeras vezes sobre o assunto, mas a fonte é inesgotável. Cada amizade que partilhamos é única. Cada uma reveste-se de uma identidade própria. Cada amizade que nutrimos é diferente da outra. E isso é a beleza da coisa. Tive a sorte de há pouco tempo recuperar uma amizade muito bonita e importante. Daquelas em bom. E é das melhores porque sobreviveu aos desvios da vida. Por vezes o caminho prega-nos partidas que nos desviam do que verdadeiramente interessa. Neste caso em particular, com uma das flores do meu jardim, uma orquídea rara, houve, por assim dizer, uma hibernação do sentimento recíproco. Mas como tudo o que é forte e autêntico tem a mania de dar a volta por cima, aqui estamos de novo, com uma amizade fortíssima. As orquídeas raras, sendo assim tão raras, apesar da sua elegância e imponência, têm um coração de manteiga e uma sensibilidade extrema. Possuem uma aparência esfíngica, mas
Hoje apetece-me escrever sobre uma pessoa em particular. Uma pessoa que eu muito estimo e que se revelou uma belíssima surpresa. Por vezes, conhecemos alguém num determinado contexto, convivemos com ela anos a fio e, tendo em conta esse mesmo contexto, não a conhecemos verdadeiramente. Conhecemos parcialmente, conforme se deixa conhecer e conforme estamos disponíveis para a olhar com olhos de ver. Quando se carregam defesas e muitos filtros, num determinado contexto, passam-nos ao lado, pessoas magníficas. No meu conceito, uma pessoa magnífica não quer dizer a maior dos bonecos da minha bola. Nem a mais isto ou mais aquilo. Uma pessoa magnífica é aquela que se vai descobrindo, devagarinho e, quanto mais se conhece, mais se gosta. Quando, juntando o lado solar (o das coisas boas) e o lado lunar (os das coisas próprias de se ser humano), a balança fica muito descaída para o lado bom. E sou muito grata por esta descoberta. Quando passamos a conhecer alguém que tem uma alma maior e melhor