Conheço uma estrelinha que anda há procura de si própria. Que ainda não se conseguiu encontrar. E eu não consigo ajudar esta estrelinha. Talvez porque estes processos sejam muito íntimos e solitários. São processos que rasgam para dentro, que perfuram até ao núcleo da essência estrelar. O que quer dizer que a estrela tem que se encontrar dentro de si própria. Tem que encontrar as suas respostas no âmago da sua essência e não ao seu redor. Quando se passa muito tempo a tentar encontrar fora aquilo que deveria estar dentro, um dia acorda-se e sente-se o vazio. A solidão. A imensidão da tristeza que está dentro do peito. E é como se se tivesse perdido meia vida. Nada preenche, nada anima. Porque se procurou construir tudo fora e não se construiu nada por dentro. Seguiu-se o correto, a segurança, o aprovável, em vez de se seguir a felicidade e a vontade própria. Tomaram-se decisões para evitar o sofrimento em vez de se tomarem decisões para arriscar no amor, na vid...
(magdalagabriel.gotasdalma@gmail.com)