As palavras são metade mim. Mas por vezes quase que as perco. Quando o coração me dói muito, quando a alma está toda esfrangalhada, as palavras andam cá por dentro às voltas na minha cabeça. Rodopiam, encontram todos os sentidos e mais algum mas perdem-se no rebuliço que a tristeza me dá. E fico quieta e calada. É o que se chama perder o pio. E quando uma pessoa como eu perde o pio, é porque a coisa está feia. Tenho estas dores que não me deixam sossegar. Nem me apetece falar delas. Acontece esta coisa sem senso nenhum que é apetece-me escrever para aliviar a pressão mas não consigo escrever sobre o que verdadeiramente me aflige. Talvez porque saiba que tudo está em aberto. Porque não sei para que lado as coisas vão. Também sei que apesar de estar tão triste, sinto alguma paz de espírito - outro contra-senso - que me diz que tudo correrá por onde for melhor. Que o Céu me acompanha. É esta confiança cega que tenho em Deus que me leva a fazer brotar sempre uma fonte de esperança por mai
(magdalagabriel.gotasdalma@gmail.com)