Isto não tem estado para brincadeiras. Tenho andando com a cabeça às voltas e as pontas dos dedos aos saltos. Mas ainda não tinha conseguido serenar para escrever alguma coisa de jeito. Durante algum tempo só me apeteceu escrever porcaria daquela que não ajuda ninguém. Como as palavras podem conter o melhor e o seu contrário, é necessário utilizá-las com a humildade e com o rigor que esta época nos pede. Em tudo, na vida, temos uma escolha. Também na utilização que se faz das palavras podemos escolher o seu sentido e o seu propósito. Sempre com a cabecinha muito no sítio. Sempre com muita lucidez. Com a saberia necessária e suficiente para utilizarmos as palavras da melhor maneira possível. Principalmente as escritas. As tais que deixam de ser nossas a partir do momento em que são lidas. E se forem aguçadas, cortam a carne. Se forem afiadas perfuraram o coração. Se forem geladas, estraçalham a alma. Se forem muito rombas, magoam na mesma. A palavra, por si só, contempla ...
(magdalagabriel.gotasdalma@gmail.com)