Se eu fosse uma pessoa delicada, hoje diria que me sinto como uma flor murcha a quem vão caindo as petalazinhas, uma atrás da outra. Mas como não sou delicada, não sei bem que comparação hei-de fazer. Mas a ideia é esta. Sinto-me a ficar murchinha. Vou murchando de dia para dia. Quando estou numa daquelas fases da vida um bocadinho difíceis, a saborear a impotência, a gerir a perseverança e o cansaço, o melhor que consigo fazer é andar um bocadinho murcha. Eu sei que tudo o que nos acontece tem um propósito e o que está no nosso caminho é sempre provido de sentido e de significância. Eu sei disto tudo. E esforço-me imenso para ser grata ao Céu por todas as experiências que me proporciona. E sei também que o Universo conspira a nosso favor. Mas a gestão que se tem que fazer entre o saber e o sentir é difícil. As experiências e as vivências trazem as suas chamuscadelas. Eu estou tão chamuscadinha que já nem preciso de ir à praia para me bronzear! Na verdade, é o coração que fica com que...
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