Hoje é um daqueles dias em a reflexão se impõe. Tenho a cabeça e o coração a mil. Uma das minhas irmãs está a sofrer uma intervenção cirúrgica neste momento. Uma coisa simples, graças a Deus. Mas sendo simples ou não, é o suficiente para me fazer refletir um bocadinho, particularmente sobre a velocidade em que vivemos a vida. Andamos sempre a correr, sempre a correr. A planear o dia de amanhã, a fazer coisas como se fossemos eternos e insubstituíveis. A não ter tempo para aquilo que deveras é importante. Para as pessoas a quem amamos e que nos amam. Ficam sempre para o fim. Ou então são tratados como itens da lista de afazeres entre uma reunião e uma ida à oficina. Ou outra coisa qualquer assim do género. Amamos a correr, como se cumpríssemos também uma tarefa, no meio das outras 350 mil que temos que fazer. Parece que se nós pararmos, o mundo e as pessoas à nossa volta páram, desorganizam-se e descambam. Fazemos, organizamos, controlamos e fazem parte desta lista ai...
(magdalagabriel.gotasdalma@gmail.com)