Debaixo da minha pele há mar.
Só pode haver mar.
Não existe outro elemento.
Debaixo da pele tenho a serenidade azul e transparente de quem encontrou o sentido da vida.
Debaixo da pele tenho a fúria das marés que se levanta quando o caminho se torna tortuoso, sinuoso e recôndito.
Debaixo da pele tenho a liberdade das ondas e a espuma dos dias. Tenho redemoinhos e correntes. Frias ou quentes. Nunca mornas.
Debaixo da pele tenho uma imensidão redonda, sem princípio nem fim. Tenho a profundidade dos oceanos e a linha do horizonte. Tenho crateras profundas, rasgadas da crosta e tenho recifes de corais a perder de vista.
Debaixo da pele tenho as salinas de onde as lágrimas se deitaram. Tenho a força dos moinhos de maré que trituram as amarguras semeadas pela vida.
Debaixo da pele tenho guelras que me deixam respirar quando não consigo manter-me à tona da água. Tenho uma carapaça de escamas que não deixa os arpões espetarem. Tenho as cores dos raios de sol que se decompõem na água.
Debaixo da pele tenho o som e a doçura que embalam, que curam. Tenho o vibrar da vida e uma paz que dura.
Debaixo da minha pele tenho um mar só meu. Onde pertenço e onde sou.
Só pode haver mar.
Não existe outro elemento.
Debaixo da pele tenho a serenidade azul e transparente de quem encontrou o sentido da vida.
Debaixo da pele tenho a fúria das marés que se levanta quando o caminho se torna tortuoso, sinuoso e recôndito.
Debaixo da pele tenho a liberdade das ondas e a espuma dos dias. Tenho redemoinhos e correntes. Frias ou quentes. Nunca mornas.
Debaixo da pele tenho uma imensidão redonda, sem princípio nem fim. Tenho a profundidade dos oceanos e a linha do horizonte. Tenho crateras profundas, rasgadas da crosta e tenho recifes de corais a perder de vista.
Debaixo da pele tenho as salinas de onde as lágrimas se deitaram. Tenho a força dos moinhos de maré que trituram as amarguras semeadas pela vida.
Debaixo da pele tenho guelras que me deixam respirar quando não consigo manter-me à tona da água. Tenho uma carapaça de escamas que não deixa os arpões espetarem. Tenho as cores dos raios de sol que se decompõem na água.
Debaixo da pele tenho o som e a doçura que embalam, que curam. Tenho o vibrar da vida e uma paz que dura.
Debaixo da minha pele tenho um mar só meu. Onde pertenço e onde sou.
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