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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2016

Olhos de água

Ontem foi um daqueles dias em que me senti bastante inspirada e alegre. Estive num encontro com música e poesia. E trouxe comigo uma frase que me ficou aferroada cá por dentro: “Se os meus olhos secarem…”  E pensei que me apetecia escrever sobre este assunto. Se os meus olhos secassem ou quando os meus olhos secarem, o que terei eu a dizer? Será que os meus olhos poderiam secar por terem perdido a capacidade de chorar? Deus me livre! No dia em que eu não chorar já não sou eu. Já não estou a viver, estou a vegetar. Tenho uma lágrima fácil de mais que espero que seja inesgotável. Isto porque os meus canais lacrimais têm uma ligação direta ao meu coração. Deve ter sido algum defeito de fabrico assim remendado à pressa. Mas agora já não sei funcionar de outra forma. É tudo intenso. Emociono-me demais. E isso faz parte da minha essência. E as lágrimas correm como forma de aliviar a pressão, a muito boa ou muito má. Se os meus olhos secassem, seria sinal que as minhas emoções já não era

Jururu

Hoje estou jururu. Tenho andado por aqui a pensar num assunto que me custa a entender. Mas que é perfeitamente real, possível e se calhar mais comum do que me possa parecer. E tem a ver com aquelas diferenças que existem entre as pessoas. E com os medos e com o amor. Os temas que afinal regem a nossa existência. O amor e o medo, como tantas vezes tenho escrito, são os dois principais propulsores dos nossos impulsos. Eu gostaria que nesta dualidade ganhasse sempre o amor. Mas, infelizmente, o medo tem uma expressão muito significativa nas escolhas que as pessoas fazem. Parece mais imediato escolher jogar à defesa, contornar o medo, evitar o sofrimento. Por vezes até acontecem coisas caricatas como tomar decisões que fazem sofrer que se fartam só para evitar o sofrimento. Contraproducente, não é? E, se observar um bocadinho o que me rodeia, é o que vejo acontecer. E bem perto de mim. A queimar de tão perto que estou dos acontecimentos. Vejo o medo que as pessoas têm em abrir o coraç