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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2015

De um ano para o outro

O ano de 2015 ainda não acabou e está difícil de acabar. Um ano novo renova a esperança. E eu sou uma pessoa que vive muito de esperança. Quando ela começa a entrar em stock mínimo, começo a torcer-me por todo o lado. Este final de ano está a doer. Tem acontecido, nos últimos anos, que esta quadra festiva, Natal e Passagem do Ano, dá conta de mim. São alturas difíceis. De celebrações por decreto, com excessos por um lado e muita escassez pelo outro. Os dois lados de uma moeda levados ao extremo. Toda esta energia que anda no ar dá-me alegria mas também rebenta comigo. Tudo à grande, como é de meu costume. Por ser uma época de balanço por excelência também o olhar para dentro e o refletir sobre os principais acontecimentos e situações dão que falar cá nos meus mundos. É altura de parar para pensar e de refletir sobre mim própria e sobre as orbitas à minha volta. Os balanços são sempre difíceis. Doem apesar de pedagógicos. Foi um ano que doeu muito porque muito aprendi. Caíram-me muitas

O sabor amargo da impotência

E parece que não acabo ano sem o centésimo texto...já é tarde mas o sono foi para outras paragens. Talvez daquelas mais quentinhas e sossegadas. Estados serenos que não conseguiu encontrar hoje em mim para se poder instalar e passar a noite em pleno. O sono também tem as suas vontades e não se deixa comandar assim às primeiras. Quando percebe que não consegue a paz de que necessita, desaparece de cena. Não adianta chamá-lo. Quanto mais se chama, mais ele nos foge. O sono também tem cada uma...faz uma pessoa desatar a escrever a altas horas da noite quando deveria estar a usufruir da sua tranquilidade. Enfim... Quem me haveria de dizer que o meu centésimo texto não seria um daqueles cheio de alegria e de paixão pela vida...afinal sai-me uma coisa murchinha, cheia de melancolia e de penas da alma. As penas têm a mania de se atravessar à frente das gotas. Também querem os seus 10 minutos de fama. Dizem que apesar de serem penas também fazem parte da alma, tal como as gotas que passam

O milagre das palavras

Recentemente dei conta da quantidade de visualizações que este meu blog tem. Ainda não me tinha apercebido da dimensão. Fiquei um pouco apardalada com a questão. Pergunto a mim própria como é possível que tanta gente já tenha lido alguma coisa do que eu escrevi. Fiquei deveras admirada. Tudo isto começou como uma forma de dar vazão a um impulso que por vezes era - e continua a ser - mais forte do que eu. Começou por ser o meu cantinho terapêutico onde posso despejar as palavras que tenho no sistema. Todas as palavras que me saem dos pensamentos, que me saem do coração e da alma. Como nunca fui de diários nem de escrever só para mim, esta foi a forma que encontrei de transmitir, seja lá a quem for, as minhas energias. Nunca consegui escrever sem um objetivo, só porque sim. Desta forma, consegui abrir muito do que sou, do que sinto, do que penso, sem grandes filtros, sem juízos de valor, e conseguindo manter a pessoa por detrás da Magdala Gabriel em serenidade e harmonia. Esta experiênc

Decidir no Natal

Em plena época natalícia, em que as preocupações deverão ter a ver com as boas energias de partilha e de união, como sou quase sempre ao contrário, tenho outros pensamentos. Quase que me apetece rosnar ao Natal que vou vendo. Aquele das compras desenfreadas, sem rei nem roque, sem lógica, só consumo e sem amor. Claro que nem tudo é assim. Também há aspetos muito bonitos. Por exemplo, o Natal das ruas. As ruas de Lisboa ficam magníficas. Cheias de luzes. E vi uma maravilhosa árvore de Natal cheia de corações. A minha cara! Eu que adoro corações, até na minha casa enfeito a árvore de Natal com corações. Quando vi esta linda árvore numa bonita praça de Lisboa, fiquei tão contente! Uma árvore enorme, com corações também enormes que mudam de cor. Uma maravilha! E enquanto a cidade está iluminada e enfeitada, parece que as pessoas sorriem mais e melhor. Parece que são mais felizes. Parece que tudo o resto não interessa nada. E tenho a esperança que estas luzes que iluminam a cidade, consiga

Estrelinha em bem

Por vezes a pessoa cansa-se de andar aborrecida a maldizer a vida. Quando começo a passar dos limites tenho que fazer qualquer coisa para contrariar o estado de espírito mais carrapeto e obtuso. Quando a chuva aparece e não me deixa fazer um montão de coisas que gosto, nem que seja espreitar o sol, desato a praguejar. Mas isto não é vida. Desperdiçar tempo a resmungar e a rosnar é a maior das parvoíces. Quando penso bem sobre esta história do mau humor só me apetece dar um valente raspanete a mim própria. Tantas coisas bonitas que se podem fazer ou pensar. Este tempo choroso não pode ter qualquer influência na meteorologia interna. Isso é que era doce! Basta começar a fazer uma listinha das coisas bonitas que povoam a minha vida. Que me iluminam apesar das nuvens e do sol se pôr logo depois de almoçar (o preguiçoso!).  Se refletir bem sobre a vida e sobre as pessoas que a cruzam, os sorrisos e as alegrias retomam o seu devido lugar. Nunca daquilo que é doloroso pode ser mais poder

Mudar de cor

Resolvi mudar a imagem deste meu mundo. Os mundos, de vez em quando, têm que sofrer umas recauchutagens. No sentido da simplicidade e da leveza. Sempre que visito um dos meus mundos procuro olhá-lo com olhos de ver antes de o desfrutar. Agora foi este, o mundo das minhas escrevinhices, onde abro a torneira, onde faço a sangria do que de forma intempestiva toma conta de mim. Por vezes, as palavras, as ideias e os pensamentos são mais fortes do que eu. Começam a martelar, a martelar, a martelar até quebrarem a minha fronteira. A tal que me separa da minha escrita. E sendo este um mundo tão especial e tão terapêutico para mim, também a sua imagem deverá refletir melhor o que de transversal liga tudo o que escrevo. E, em tudo o que escrevo, procuro refletir o amor e a simplicidade. O cor de rosa é a cor do amor. É o vermelho da paixão que tenho pela vida temperado com o branco da paz que procuro incessantemente.  Esta nova forma de se poder visualizar as minhas escrituras também repre

O Natal e a sua antítese

Com a época natalícia  a aproximar-se a passos largos, também eu entro em turbilhão. Entro em espiral por todas as contradições e dessincronias que esta época acarreta. Por princípio e por natureza, gosto muito do Natal. Particularmente pelas memórias que traz. Pela alegria e excitação que me marcou a infância, numa época que era vivida de uma forma muito mais simples e fraterna. Em que o mias importante era o facto de se juntar todos os que nos eram queridos. Fazia-se uma festa. Tinha preparativos, cores, cheiros e uma magia tão própria. Parece-me que a magia estava no facto de ser criança. E, quando somos crianças, a magia acontece a qualquer momento. Parece-me que mais do que tudo, o Natal é um mundo que guardo cá dentro com memórias emocionais muito queridas. Hoje em dia continuo a gostar do Natal. Adoro ver o Natal a nascer pela cidade. As decorações, as cores, as luzes, são qualquer coisa de espetacular. Parece que são lareiras que aquecem as vistas e os corações. É bonito a