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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2015

Parar à força

Hoje é um daqueles dias em a reflexão se impõe. Tenho a cabeça e o coração a mil. Uma das minhas irmãs está a sofrer uma intervenção cirúrgica neste momento. Uma coisa simples, graças a Deus. Mas sendo simples ou não, é o suficiente para me fazer refletir um bocadinho, particularmente sobre a velocidade em que vivemos a vida. Andamos sempre a correr, sempre a correr. A planear o dia de amanhã, a fazer coisas como se fossemos eternos e insubstituíveis. A não ter tempo para aquilo que deveras é importante. Para as pessoas a quem amamos e que nos amam. Ficam sempre para o fim. Ou então são tratados como itens da lista de afazeres entre uma reunião e uma ida à oficina. Ou outra coisa qualquer assim do género. Amamos a correr, como se cumpríssemos também uma tarefa, no meio das outras 350 mil que temos que fazer. Parece que se nós pararmos, o mundo e as pessoas à nossa volta páram, desorganizam-se e descambam. Fazemos, organizamos, controlamos e fazem parte desta lista ainda outros ver

Escolhas

Há alturas em que não conseguimos gerir a vida de acordo com aquela regra básica para a manutenção do nosso bem estar: afastar quem nos molesta e faz sofrer e chamar a nós, aproximar, quem nos faz bem, quem nos serena e ilumina. Este principio básico da alegria e do bem estar, esta regra simples, tratando-se de vida e de pessoas, tem logo exceções à cabeça. Parece um imposto. Deus me livre!!! Às vezes, no mesmo momento da nossa vida não nos é possível fazer nem uma coisa nem a outra. Não podemos afastar quem nos faz sofrer, quem nos magoa. É impossível porque quem faz parte integrante da nossa existência e da nossa origem, faz parte de nós, como se fosse um membro.  Não se pode afastar um dos nossos membros, por mais doente que esteja. Até pode ter perdido a sua funcionalidade, de forma crónica, mas é nosso na mesma e precisa de ser cuidado. Parece-me que a solução para dar a volta à coisa não está no afastamento do que nos faz mal mas sim na forma de se lidar com o sofrimento que

Raiz

O que pode acontecer se se cortarem umas raízes de uma árvore? Sabe-se que as raízes são o que seguram, são os pilares, as estruturas que vão crescendo à medida que a própria árvore também cresce. E ajuda-a a chegar mais longe em profundidade, em segurança, em sentido de pertença. São o que sustém toda a estrutura aérea, o caule, os ramos, a copa. Tudo o resto. As raízes são o que fazem com que a árvore vergue mas não quebre perante as intempéries. E não a deixam perder o sentido da realidade por mais alto que cresça e mais longe que chegue. E se se tiver que cortar uma raiz? Uma daquelas muito importantes? Daquelas que já esteve na origem de tudo e que agora é tóxica? E se se tiver que cortar a raiz que em vez de trazer água, traz ácido daquele que queima, que destroça? A resposta óbvia parece ser: corte-se! Mas na vida as respostas são muito pouco óbvias. Por vezes, não se pode apenas suprimir aquilo que é tóxico, pura e simplesmente porque não é suprimível. Faz parte de nós e d