É a palavra que neste momento assola o meu pensamento e o meu coração. E apetece-me falar da vida. De viver a vida intensamente. E não estamos a falar de viver a vida à James Dean, com pressa, com fúria, com fuga para a frente.
Viver intensamente é agradecer cada dia, cada hora, cada minuto. Cada bocadinho de vida. É com calma, com contemplação. Bem sei que por vezes o nosso ritmo diário não se compadece com esta coisa do ser mais contemplativo. Mas tem que ser. Na nossa vida tem que haver tempo para tudo. Por vezes bastam uns breves minutinhos para apreciar a criação. Uma coisa pequenina que nos emocione. Que nos deixe feliz. Que nos aqueça o coração. Tanta natureza que nos permite olhar com os olhos da alma e sentir a intensidade da mão de Deus.
Viver intensamente é aproveitar cada momento bom que a vida nos proporciona. Sozinhos ou com outros. É aprender e reerguer com cada momento menos bom - a senti-lo - também intensamente. Tudo o que se vivencia intensamente, fica resolvido. O bom, guarda-se e partilha-se. O menos bom deixa-se ir, sem mágoas, rancores ou cicatrizes.
Intenso não é em força, em esforço, em rapidez, em espiral. Levando o mundo à frente. Intenso é em profundidade. Tão profundo quanto o possível. Tão emocionante quanto possível, sem medo de verter lágrimas, de alegria ou de sofrimento. Tão abrangente e elevado quanto possível. Passar pelas coisas, pessoas e situações de raspão não traz nenhum valor acrescentado. Um raspãozinho não magoa grande coisa. Mas também não serve para nada. Não deixa marca.
A nossa alma e o nosso coração guardam um conjunto de marcas, marcas de amor e marcas de guerra. Isto é, marcas de vida. Quanto mais profundas as nossas marcas, maior a nossa alma.
E não é que andamos por cá todos a engrandecer a nossa alma?
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